Em 2024, a Arábia Saudita registrou 330 execuções, marcando o maior número em décadas, segundo informações da ONG Reprieve. Esse aumento significativo contrasta com os números registrados nos dois anos anteriores: 172 em 2023 e 196 em 2022. Os dados indicam um movimento contrário às declarações do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que em 2022 prometeu restringir a aplicação da pena de morte a casos de assassinato, como parte de seu ambicioso plano “Vision 2030”.PUBLICIDADE
A quantidade de execuções em 2024 é mais do que o dobro do total de 2023, evidenciando uma mudança preocupante no cenário jurídico e penal do país. Desde 2015, quando Mohammed bin Salman emergiu como a figura central da política saudita, a Arábia Saudita passou a ser um dos países líderes em execuções no mundo, muitas vezes criticada por organizações internacionais de direitos humanos devido ao uso excessivo da pena capital.
De acordo com a Reprieve, o aumento das execuções contradiz a narrativa oficial saudita de reformas sociais e jurídicas progressistas. Essa discrepância levanta dúvidas sobre a verdadeira intenção do governo em limitar a pena de morte.
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