Nesta segunda-feira (9), em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro fez declarações que estremecem as fundações da democracia brasileira. Com um tom contido, mas repleto de implicações, Cid afirmou que o ex-presidente recebeu, leu e solicitou alterações na chamada "minuta do golpe" — um documento que previa medidas extremas para anular as eleições de 2022 e impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
A bomba veio no meio da tarde, quando o STF ouviu o primeiro réu formalmente interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado. Cid, que firmou um acordo de delação premiada, afirmou ter sido testemunha de "grande parte dos fatos", embora negue participação direta nas ações de ruptura institucional. Mas o que ele viu e ouviu já é suficiente para provocar calafrios.
“Ele [Bolsonaro] enxugou o documento. Basicamente, retirou as autoridades das prisões, somente o senhor ficaria como preso”, declarou Cid, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
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