Era uma tarde quente de verão, e Clara, de 16 anos, estava sentada no balanço do quintal. O som das folhas ao vento parecia sussurrar segredos que ela há muito guardava no coração. Clara havia descoberto quem era aos poucos, entre olhares tímidos e sonhos confusos. Sabia que amava garotas e que isso era parte de sua essência, mas também sabia que esse pedaço de si não seria bem-vindo em sua casa.
A mãe de Clara, Dona Laura, era rígida. Vivia com a Bíblia na mão e tinha convicções inabaláveis sobre o que era certo e errado. "Aqui em casa, não tem espaço para desvios!", ela dizia.
Naquele dia, Clara finalmente reuniu coragem para contar a verdade. “Mãe, preciso te dizer algo importante.”
Dona Laura parou o que estava fazendo e lançou um olhar inquisitivo para a filha.
Clara respirou fundo. “Eu sou lésbica. Eu gosto de meninas.”
Por um instante, o mundo pareceu congelar. Os olhos de Dona Laura se arregalaram, e o silêncio foi quebrado apenas pelo som de um prato caindo da mesa e se estilhaçando no chão.
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