Numa manhã cinzenta e chuvosa, a estrada parecia interminável e solitária. Lá estava ele, perto de um posto de gasolina ao lado da rodovia, encharcado, trêmulo e soltando miados desesperados que não deixavam dúvidas sobre seu estado de urgência. Para muitos, poderia ser apenas mais um gato perdido, mas para mim, aquele momento estava prestes a se transformar em uma história que mudaria minha vida.

Ao avistar o pequeno felino, minha primeira reação foi de uma curiosidade quase que maternal. Estacionei o caminhão ao lado dele e, com passos cautelosos, aproximei-me. Para minha surpresa, em vez de fugir como muitos gatos fariam, ele me encarou. Seus olhos eram uma mistura de melancolia e esperança, como se dissesse: "Por favor, não me deixe aqui".
Sem hesitar, peguei o gato encharcado e o coloquei no banco do passageiro. Meu velho cobertor, guardado para emergências, se tornou o casulo protetor do pequeno animal enquanto ele, finalmente, se rendia ao sono.
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