Nos bastidores da política brasileira, um novo nome tem ganhado espaço e influência — e não por acaso. Discreta, mas cada vez mais estratégica, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil, começa a assumir o protagonismo antes reservado ao marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com ele impedido de deixar Brasília por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), é Michelle quem tem costurado alianças, liderado conversas com lideranças religiosas e partidárias, e se tornado porta-voz de um grupo político que, mesmo fora do poder, ainda mobiliza uma base significativa do eleitorado.
A ascensão de Michelle ao centro das articulações políticas não é obra do acaso. Trata-se de uma movimentação planejada dentro do núcleo duro do bolsonarismo, que vê na ex-primeira-dama uma figura carismática, capaz de dialogar com diferentes frentes conservadoras — especialmente o eleitorado evangélico, do qual faz parte. Sua atuação tem sido cada vez mais visível, seja em discursos públicos, encontros partidários ou em reuniões estratégicas longe da mídia.
O caminho que levou Michelle Bolsonaro ao centro do tabuleiro político começou de forma improvável, ainda nos corredores do Anexo 3 da Câmara dos Deputados, onde ela trabalhava como secretária parlamentar.
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