Domingo, 29 de junho de 2025, Avenida Paulista. Desta vez não houve mar de camisetas verde-amarelas nem trio elétrico avançando quarteirões inteiros. O ato por “anistia já” reuniu uma plateia bem menor que a de protestos passados e, sobretudo, ficou marcado pelas ausências de figurões tidos como herdeiros do capital político de Jair Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro, apontada como possível cabeça de chapa da direita em 2026, não apareceu.
Ficou a 4 000 quilômetros dali, participando de um encontro do PL Mulher em Boa Vista, compromisso confirmado meses antes. O partido jura que não havia como remarcar, mas, para olhos desconfiados, a coincidência soou como recado silencioso sobre prioridades.
Também faltaram os governadores Ratinho Júnior (PR) e Ronaldo Caiado (GO). Ambos dividiram palanque com Bolsonaro em abril e sonham com apoio do ex-presidente na corrida ao Planalto.
Ficou no ar a pergunta incômoda: quem quer mesmo ser ungido pelo capitão aceita dividir vitrine numa Paulista vazia?
Os ex-ministros e hoje senadores Ciro Nogueira e Rogério Marinho acharam melhor observar à distância.
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