No silêncio cortante da manhã de quarta-feira (25), Manoel Marins quebrou a mudez da dor com palavras escritas com a alma. Em uma rede social, ele publicou uma carta aberta para sua filha, Juliana Marins — jovem brasileira que teve sua vida interrompida de forma trágica após um acidente durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia. A publicação, comovente e pungente, deixou um país inteiro em luto com ele.
Juliana, de sorriso largo e espírito aventureiro, partiu para a Ásia decidida a viver uma experiência transformadora. Uma espécie de celebração da juventude, um rito de passagem que ela mesma planejou com cuidado e autonomia. Ela recusou qualquer ajuda financeira dos pais. “Você nos disse: jamais”, escreveu Manoel, num misto de orgulho e devastação. A filha partiu com recursos próprios, fruto do seu esforço — e da vontade de experimentar o mundo com os próprios pés.
Mas foi justamente essa sede de viver que a levou ao cume de um destino cruel. No sábado (21), Juliana sofreu um acidente em um penhasco durante a trilha do Monte Rinjani — um dos mais belos e desafiadores vulcões ativos do sudeste asiático.
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