A cantora Preta Gil, que faleceu no domingo (20), aos 50 anos, após enfrentar uma batalha de mais de dois anos contra um câncer no intestino, deixou mais do que sua trajetória na música. Pensando no futuro da neta Sol de Maria, de apenas 9 anos, Preta decidiu registrar sua história de forma pessoal e tocante.
Seu livro autobiográfico, Preta Gil: Os Primeiros 50 (Globo Livros), lançado em agosto de 2024, surgiu como um legado emocional e íntimo para as próximas gerações de sua família.
Com palavras sensíveis, a artista dedicou a obra à neta, revelando o propósito principal da autobiografia. "Dedico este livro a Sol de Maria porque sei que, quando crescer, escutará muitas histórias a meu respeito. Algumas serão mentirosas, outras não. Aqui, eu tenho a chance de contar para ela a minha verdade", escreveu.
Sol de Maria nasceu de uma relação entre Francisco Gil, filho único de Preta, e a atriz Laura Fernandez, quando tinham apenas 19 e 17 anos, respectivamente.
O susto da gravidez inesperada rapidamente deu lugar à construção de uma família forte e unida.
Para Preta, Sol tornou-se uma figura central em sua vida, especialmente nos anos em que lutava contra a doença. "Quero ficar velhinha vendo a Sol se desenvolver", escreveu, expressando o desejo de acompanhar de perto o crescimento da menina.
Além da figura de avó carinhosa, Preta também desempenhou um papel ativo na educação e formação da neta.
Em seu livro, demonstra preocupação com a imagem que deixaria e o impacto disso na vida da criança. A autobiografia, nesse sentido, transcende o próprio relato da vida artística e assume uma missão afetiva: garantir que Sol conheça a verdadeira Preta Gil, além do que se possa ouvir sobre ela.