Na última quarta-feira (2), o pastor Silas Malafaia voltou a se destacar — mas não exatamente pela fé ou pela razão. Durante um evento em Salvador, o líder evangélico bolsonarista protagonizou um dos momentos mais controversos da semana ao reagir com fúria à exibição de uma placa que dizia “Taxação dos super-ricos”. Em vídeo que circulou rapidamente nas redes sociais, Malafaia não economizou palavras: acusou o presidente Lula de “ter o Diabo como pai” e afirmou, sem qualquer sustentação nos fatos, que a medida atingiria os mais pobres.
Não é novidade que Malafaia gosta de polêmicas. Mas desta vez, o discurso foi além da retórica exaltada. Ignorando os detalhes da proposta derrubada no Congresso, ele pintou o cenário como se Lula estivesse às portas de um ataque aos menos favorecidos. Nada mais distante da realidade.
A proposta que causou a indignação do pastor previa, na verdade, taxar apenas operações feitas no exterior com cartão de crédito e serviços de luxo.
Não afetaria, por exemplo, contas básicas de consumo interno, transferências locais ou benefícios sociais. Estudantes, agricultores e famílias de baixa renda — que dependem de financiamentos populares — continuariam protegidos.
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