A sexta-feira (15) começou agitada no cenário político brasileiro com mais um episódio marcante envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-mandatário foi alvo de novas medidas restritivas dentro do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.
Entre as determinações está o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, medida que já teria sido cumprida ainda pela manhã, segundo fontes próximas ao ex-presidente. A repercussão foi imediata: redes sociais, lideranças políticas e apoiadores de Bolsonaro reagiram, alegando exagero ou tentativa de humilhação pública.
Além da tornozeleira, o ministro Moraes proibiu Bolsonaro de utilizar redes sociais, cortando seu principal canal de comunicação com sua base eleitoral. E a decisão mais surpreendente: o ex-presidente
não poderá manter contato com o próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também é alvo de investigações.
As novas medidas foram acompanhadas de mandados de busca e apreensão, cumpridos pela Polícia Federal em endereços ligados a Bolsonaro, incluindo sua residência e o escritório político montado na sede nacional do PL, em Brasília.