Brasília despertou em compasso de espera nesta quarta-feira, 2 de julho de 2025. Ainda antes das dez da manhã, repórteres e fotógrafos já se aglomeravam diante do Hospital DF Star, onde o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, 69 anos, havia passado por uma endoscopia digestiva alta. O boletim, assinado pelo cirurgião geral Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique, informava que o exame detectou “intensa esofagite com processo inflamatório, erosões da mucosa esofágica e gastrite moderada”.
Apesar da redação lacônica, o laudo traz orientações diretas: poupar a voz, adotar dieta pastosa, fazer uso de medicação anti-inflamatória e permanecer em repouso domiciliar. Num instante, as lives de quinta-feira, os discursos improvisados em aeroportos e a agenda de viagens partidárias foram suspensos. Na véspera, o senador Flávio Bolsonaro já havia cancelado compromissos do pai em Santa Catarina e Rondônia, citando “crises de soluços e vômitos que impedem até de falar”.
O roteiro repete-se: em 20 de junho, em Goiânia, sintomas idênticos terminaram num diagnóstico de pneumonia viral.
Desde a facada sofrida em Juiz de Fora, em setembro de 2018, o sistema digestivo do ex-capitão tornou-se seu ponto mais vulnerável.
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