Na tarde da última segunda-feira (6), um capítulo inesperado se desenrolou em silêncio nos corredores da Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo. Sem alarde, sem discursos, sem câmeras, Alexandre Nardoni — condenado por um dos crimes mais revoltantes da história recente brasileira, o assassinato da própria filha, Isabella Nardoni, de apenas cinco anos — cruzou os portões da prisão.
Era 18h10. Um alvará de soltura selava o momento. O destino? A cidade de São Paulo. O passado? Impossível de apagar.
Nardoni agora está em liberdade. Depois de 16 anos cumprindo pena, parte em regime fechado, depois semiaberto, a Justiça concedeu sua progressão para o regime aberto. Mas a liberdade vem com regras rígidas: ele deve permanecer em casa durante a noite, comprovar trabalho em até 90 dias, comparecer regularmente à Vara de Execuções Criminais, entre outras exigências.
Mesmo assim, a decisão é vista com perplexidade por muitos brasileiros.
Do tribunal ao recomeço: um caminho sob julgamento
Condenado em 2010 a mais de 30 anos de prisão, Alexandre viu sua história — e a da filha — se transformar em símbolo do horror.
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