O relógio marcava 14h quando o sexto interrogado do dia tomou seu lugar no plenário da Primeira Turma. A sessão não era ordinária — era histórica. Ao seu redor, ministros atentos, advogados em tensão visível e um país inteiro em expectativa. Bolsonaro, acusado de ser o cérebro de um movimento golpista, sabia: qualquer palavra em falso poderia ser fatal.
O momento mais cortante da tarde aconteceu quando o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, confrontou Bolsonaro sobre uma antiga e grave acusação feita por ele próprio: a de que ministros do STF estariam envolvidos em recebimento de propina durante as eleições.
— , perguntou Moraes, encarando-o diretamente.
A resposta veio sem titubeios, mas com um peso que ninguém esperava.
—
O pedido de desculpas de Bolsonaro ecoou como um sussurro desconcertante em meio ao ambiente carregado de tensão. O homem que, por quatro anos, encabeçou o poder máximo da nação, agora se explicava diante da mais alta Corte.
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