A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, às 17h55 desta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados apontados como integrantes do núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado. O processo será retomado nesta quarta-feira (3), às 9h, com a apresentação das sustentações orais das defesas.
Entre os réus estão nomes ligados ao governo Bolsonaro, como os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, além de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.
Também respondem ao processo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Alexandre de Moraes abriu sessão apresentado etapas da investigação
Na abertura da sessão, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório do caso, resumindo as etapas da investigação até as alegações finais.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos acusados, destacando que os crimes em julgamento podem resultar em penas superiores a 30 anos de prisão.
As defesas começaram a se manifestar no período da tarde.
O advogado de Mauro Cid pediu a manutenção da delação premiada e negou qualquer coação. Já a defesa de Alexandre Ramagem alegou que o ex-diretor da Abin "apenas compilava pensamentos do presidente da República". A equipe de Anderson Torres, por sua vez, classificou a minuta encontrada pela Polícia Federal como "minuta do Google".
Crimes supostamente cometidos
Os réus respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e golpe de Estado. Ramagem, atualmente deputado federal, responde a apenas três acusações, já que parte do processo foi suspensa em razão de prerrogativas constitucionais.