A Praça dos Três Poderes, em Brasília, voltou a ser o centro de uma decisão firme do Supremo Tribunal Federal. Em despacho publicado nesta sexta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes determinou a proibição imediata de qualquer tipo de acampamento ou manifestação que obstrua a área. Mais do que uma medida administrativa, a decisão carrega um peso simbólico e histórico: Moraes comparou a omissão diante de atos golpistas à política de apaziguamento que fracassou diante da ascensão de Adolf Hitler.
“O Estado Democrático de Direito não é objeto de negociação”, escreveu o ministro, ao atender um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele destacou que a tolerância com acampamentos ilegais — como os que foram montados em frente aos quartéis após as eleições de 2022 — teve consequências graves, culminando na invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
Moraes foi direto ao ponto ao afirmar que houve uma “repetição da ignóbil política de apaziguamento”, referindo-se à tentativa frustrada do então primeiro-ministro britânico, Neville Chamberlain, de conter o avanço do nazismo por meio de concessões diplomáticas.
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