A semana começou com um abalo nas estruturas políticas do país. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (14) um pedido formal de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras sete figuras centrais em um suposto plano de tentativa de golpe de Estado no final de 2022.
A acusação é grave: segundo a PGR, o grupo formava o “núcleo duro” de uma articulação que visava subverter o resultado das eleições presidenciais e manter Bolsonaro no poder, à margem da Constituição.
Entre os nomes citados, estão ex-ministros, militares de alta patente e aliados diretos do ex-presidente, todos acusados de integrar uma engrenagem golpista que teria começado a se movimentar antes mesmo da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.
O documento apresentado pela PGR traça um enredo sombrio: desde o início de 2022, reuniões secretas, produção de minutas de decretos inconstitucionais, articulações entre membros das Forças Armadas e tentativas de minar a credibilidade das urnas eletrônicas estavam em curso — sob conhecimento e, em alguns casos, com participação ativa do então presidente da República.
O artigo não está concluído, clique na próxima página para continuar