Em meio à correria cotidiana das cidades, há vidas que passam despercebidas até que uma tragédia as revele. A prática de circular entre veículos parados no trânsito, especialmente em semáforos movimentados, tornou-se parte da rotina urbana brasileira. Vendedores ambulantes, pessoas em situação de rua, catadores e pedintes se arriscam todos os dias nesse vai e vem entre retrovisores e para-choques — uma realidade tão comum que acaba sendo naturalizada.
Mas os riscos envolvidos são altos, como demonstrou um episódio trágico registrado em Itapema, litoral de Santa Catarina.
Na noite da última quarta-feira, 16 de julho, por volta das 20h, Walmor João de Souza Filho, de 56 anos, foi brutalmente atropelado enquanto caminhava entre os carros parados na Rua 116, na área central da cidade. Testemunhas relataram que ele aparentava estar pedindo esmolas quando foi atingido por um caminhão de coleta de lixo.
O impacto foi imediato. Não houve tempo para desviar, nem espaço para escapar. A proximidade com os veículos em movimento, somada à baixa visibilidade e ao ritmo apressado do trânsito, transformou uma simples travessia em um destino fatal.
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