No segundo domingo de maio, enquanto lares pelo Brasil se enchem de abraços, flores e mensagens carinhosas, há mães que encaram o silêncio. A ausência. A dor que nenhuma palavra consegue curar. Em São José do Rio Preto (SP), Carla Cristina da Silva Nascimento, de 36 anos, viveu o Dia das Mães mais doloroso de sua vida.
Foi neste domingo, 12 de maio de 2024, que Carla encarou, mais uma vez, a lembrança da filha Ana Cristina da Silva – uma adolescente de 15 anos assassinada brutalmente em 2023.
A única coisa que restou foi uma carta escrita em homenagem ao Dia das Mães dois anos antes da tragédia. Um bilhete simples, singelo, mas que hoje carrega todo o peso de uma ausência irreparável.
“Te amo, mãe” – a despedida que ninguém sabia ser final
A carta foi escrita por Ana em 8 de maio de 2022. Nela, palavras típicas de uma menina amorosa: “Obrigado por cuidar de mim”, “por curar meus machucados” e “eu te amo, mãe”.
À época, parecia apenas mais um gesto de carinho entre mãe e filha. Hoje, representa um elo entre dois mundos: o da memória e o da dor.
Ana desapareceu no dia 27 de julho de 2023. Dias de angústia e buscas desesperadas terminaram com uma notícia devastadora: seu corpo foi encontrado no dia 4 de agosto, às margens da Rodovia Feliciano Salles Cunha (SP-310), entre Mirassol e Neves Paulista.
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