O silêncio de um general e a pressa da Justiça
Desde que Braga Netto foi preso, em dezembro do ano passado, por suspeita de interferência nas investigações da tentativa de golpe de Estado, sua detenção se tornou uma peça-chave na engrenagem jurídica que envolve a cúpula do antigo governo. De acordo com fontes ouvidas pela colunista Malu Gaspar, do jornal , o fato de haver um réu preso obriga o Supremo a seguir um ritmo diferente — mais rápido, mais rígido e sem pausas.
A lei é clara: quando há réus presos, os prazos judiciais não entram em recesso. E é exatamente isso que está acontecendo. Enquanto o Judiciário entra oficialmente em descanso de 2 a 31 de julho, o processo que envolve Bolsonaro e demais integrantes do chamado "núcleo crucial" da trama golpista seguirá correndo, sem trégua.
Uma corrida contra o tempo (e contra a troca de comando no STF)
O efeito prático dessa urgência? O julgamento na Primeira Turma do STF deve acontecer até meados de setembro — pelo menos um mês antes do que era esperado inicialmente. Essa antecipação não é apenas técnica; é estratégica.
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