Em uma pequena e remota comunidade do estado de Oaxaca, no sul do México, uma mulher escreveu, com dor e sangue, uma das histórias mais impactantes da medicina contemporânea. Seu nome é Inés Ramírez Pérez. Em março do ano 2000, ela realizou um feito que desafia tanto a lógica médica quanto os limites do corpo humano: fez uma cesariana em si mesma — e sobreviveu, junto com seu bebê.
O cenário era tudo, menos favorável: uma área rural sem acesso a hospitais, médicos ou qualquer tipo de infraestrutura básica de saúde. Inés, então com 40 anos e já mãe de sete filhos, entrou em trabalho de parto. Mas após 12 horas de contrações insuportáveis e sem qualquer sinal de progresso, algo ficou claro: o bebê não nasceria por vias naturais. E não havia ninguém ali para ajudá-la.
À beira do colapso físico e emocional, Inés tomou uma decisão que mudaria sua vida para sempre — e entraria para a história da obstetrícia mundial. Sentada em um banco de madeira dentro de sua casa, ingeriu álcool etílico como única forma de anestesia e, munida de uma faca de cozinha, começou a se cortar.
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