O clima político em Brasília voltou a ferver. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), lançou uma ofensiva direta contra a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em decisão proferida nesta segunda-feira (21/7), Moraes determinou que os advogados do ex-chefe do Executivo prestem esclarecimentos urgentes — em um prazo máximo de 24 horas — sobre um suposto descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-mandatário.
A advertência veio acompanhada de um aviso severo: caso a defesa não apresente resposta dentro do tempo estipulado, Bolsonaro poderá ter a prisão decretada imediatamente, com base no artigo 312, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já foi formalmente notificada da decisão.
O recado do ministro é claro e direto. Moraes, relator dos inquéritos que investigam a suposta tentativa de golpe de Estado articulada por aliados de Bolsonaro após as eleições de 2022, deu sinais de que não pretende tolerar qualquer tentativa de burlar as determinações judiciais.
Desde o avanço das investigações sobre os eventos que culminaram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro tem sido alvo de uma série de restrições impostas pelo STF.
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