Na última sexta-feira, 9 de maio, um cenário devastador foi descoberto em um apartamento localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. Três gerações da família Antonini – avó, filha e neta – foram encontradas sem vida, em uma tragédia que também vitimou os quatro cães da família. A cena, marcada por silêncio e desespero, levantou alertas sobre questões de saúde mental, abandono social e a dura realidade enfrentada por famílias em vulnerabilidade emocional e financeira.
As vítimas foram identificadas como Cristiana Antonini, de 66 anos; sua filha Daniela Antonini, de 40; e a pequena Giovanna Antonini, de apenas dois anos. A história de dor se desenha não apenas pela perda de três vidas humanas, mas também pelo sofrimento contido nos últimos dias vividos por essa família. Os corpos foram encontrados em um quarto fechado, sem ventilação, com bandejas de carvão queimado, o que levou as autoridades a suspeitarem de intoxicação por monóxido de carbono como possível causa das mortes.
Daniela deixou uma carta comovente, na qual detalhou os motivos que a levaram a tomar uma decisão extrema. Dentre os principais fatores, estão dívidas acumuladas, o não pagamento do aluguel, conflitos com o pai da criança e, sobretudo, a dificuldade em arcar com os altos custos do tratamento de saúde da filha, que havia nascido com atresia do esôfago — uma condição rara e grave que impedia a alimentação normal e exigia procedimentos médicos frequentes.
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