A verdade já não podia mais ser ignorada. Clarice passara noites em claro revivendo cada momento ao lado de Bia, agora sabendo que tudo era uma mentira. A filha que acreditava ter reencontrado era, na verdade, uma estranha — filha de Juliano, criada sob uma identidade forjada, movida por interesses escusos. Pior: ela destruiu a vida da verdadeira filha, Beatriz
, por inveja, raiva e desejo de poder.
Agora, Clarice sabia o que precisava ser feito. Chega de meias palavras. Era hora de enfrentar Bia. Mas não sozinha. Ela precisava que Beatriz estivesse presente. Que ouvisse da boca da rival tudo o que ela havia causado. Sem rodeios. Sem desculpas. Sem manipulação.
Clarice chama Bia para uma conversa no salão do orfanato.
O local está silencioso, quase solene. A jovem chega cabisbaixa, visivelmente fragilizada após tantas perdas recentes. Clarice a observa por alguns segundos, antes de falar:
— Hoje você não vai mentir, Bia.
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