Era para ser uma visita comum. Naquela manhã abafada de terça-feira, a avó paterna do adolescente chegou à delegacia de Itaperuna com o semblante carregado de preocupação. Acompanhada do neto de 14 anos, relatou algo que parecia, à primeira vista, uma inquietação típica de avó: desde o último sábado, não conseguia contato com o filho, a nora e o neto caçula de apenas três anos.
O trio parecia ter desaparecido no ar.
O que as autoridades não imaginavam era que, por trás do silêncio daquela casa de classe média, se escondia uma cena de horror, cuidadosamente montada por alguém improvável: um garoto calmo, de aparência comum, que estudava, usava redes sociais e conversava virtualmente com uma adolescente a milhares de quilômetros dali.
O que começou como uma simples busca por desaparecidos logo se transformaria em um dos casos mais estarrecedores da história recente da cidade.
Ao ser ouvido pela primeira vez, o adolescente apresentou uma história que, embora trágica, parecia plausível.
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