Em mais um episódio que mistura política interna com relações internacionais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ganhar os holofotes nesta quinta-feira, 17, ao se oferecer como intermediador entre o Brasil e os Estados Unidos. Durante uma coletiva de imprensa, Bolsonaro declarou que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstre abertura para negociações, ele está disposto a conversar diretamente com Donald Trump sobre a recente taxação de 50% imposta às exportações brasileiras.
Apesar de estar com o passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro demonstrou confiança de que pode influenciar o ex-presidente norte-americano. “Se o Lula sinalizar para mim — eu sei que não é ele quem vai me liberar o passaporte —, eu negocio com o Trump”, disse. Em tom crítico, acrescentou: “Quem não vai conversar, vai pagar um preço alto.
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A fala foi interpretada por muitos como um aceno direto ao eleitorado bolsonarista e uma tentativa de reforçar sua imagem de estadista global, mesmo fora do poder e enfrentando investigações judiciais no Brasil.
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