Na vastidão das rodovias brasileiras, onde o asfalto parece se estender infinitamente em meio a paisagens repetidas, a morte espreita nas margens. O que deveria ser apenas mais uma tarde comum no norte do Paraná acabou se tornando o palco de uma tragédia que chocou a região e reacendeu um velho debate: até quando nossas estradas continuarão sendo armadilhas disfarçadas de progresso?
Era terça-feira, 24 de junho. O relógio marcava pouco depois das 15h quando uma ambulância da prefeitura de Andirá cruzava a BR-369 com pressa — não de forma imprudente, segundo os relatos iniciais, mas com a urgência que uma situação médica exige. Dentro do veículo, Andreza do Carmo Alves, de 25 anos, gestava a esperança de uma nova vida. Grávida, seguia para um exame importante.
Ela, o bebê, a avó e a equipe médica que a acompanhava jamais imaginavam que estavam prestes a entrar para as estatísticas mais cruéis do trânsito brasileiro.
A ambulância realizava uma ultrapassagem em um ponto permitido da rodovia.
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